domingo, 3 de julho de 2011

Entrevista com ex dependente do cigarro.


A entrevista foi feita com a Mireni Miranda, uma ex dependente do cigarro.

Marina : - O que te levou a começar a fumar cigarro?
Mireni : - Começei a fumar por influência das minhas amigas que eram todas mais velhas e já fumavam antes.

Marina : - Você tinha orientação dos seus pais?
Mireni : - Não,Naquele tempo meus pais não conversavam comigo sobre o assunto. Mas quando a minha mãe descobriu que eu estava fumando tentou me alertar.

Marina : - Quanto tempo você fumou?
Mireni : - Fumei aproximadamente 16 anos.

Marina : - Quais era suas limitações físicas devido ao uso do cigarro ?
Mireni : - Sentia muito cansaço ao subir escadas,taquicardia, e minha pressão estava sempre alta,mesmo com o uso de remédios.

Marina : - O que te levou a procurar um tratamento?
Mireni : - Eu estava muito preocupada com a minha saúde.

Marina : - Onde você se tratou?
Mireni : - No CAPS(centro de atendimento psicosocial), em Macaé.

Marina : - Com quanto tempo de tratamento você conseguiu se livrar da dependencia?
Mireni : - Aproximadamente 1 mês.

Marina : - Quais foram as etapas do tratamento?
Mireni : - Em princípio fui entrevista por um assistente social,logo após começei a participar de reuniões,depois fui encaminhada a uma pneumologista que receitou remédios e adesivos de nicotina.Em seguida fui assistida por um psicólogo.


Marina : - Como foi  a atuação do psicólogo em seu tratamento?
Mireni : - Baseado em conversas nos dias das consultas que foram muito úteis ao tratamento.O psicólogo me ajudou a enfrentar os sintomas da abstinência de forma que eu não viesse a ter uma recaída.

Acabar com o preconceito pode ser o primeiro passo.

Muitas pessoas confundem, têm preconceito e até desprezam dependentes químicos de quaisquer substâncias e acham que essas pessoas são passíveis de punição. Dependência química é uma doença como outra qualquer, que necessita de tratamento, só que com problemas muito maiores se comparado com uma gripe, quase sempre passageira.A gravidade é notória quando nos deparamos com a situação de um indivíduo com esse tipo de enfermidade, a degradação visual e social não é passageira.


Quantas vezes você já se deparou com um “bêbado” ou um “drogado” e no mínimo pensou que se tratava de uma pessoa com desvio de caráter, vagabundo ou coisa do tipo? Primeiramente vamos retirar de nosso vocabulário palavras como: Viciado, drogado, bêbado e outras usadas todos os dias e que denigrem ainda mais a imagem de pessoas que necessitam de um acompanhamento médico, psicológico e emocional.
O tratamento da dependência química é a corrida em busca de um estilo diferente de se viver. É uma mudança dura, desafiante, marcada por deslizes e erros. O propósito é a mudança de comportamento e esse tipo de alteração sempre causa problemas.O dependente químico precisa de motivação e de força para que perceba que ali está sua salvação. Nesse momento a equipe profissional, a família e o meio em que vive entram em cena e tem uma participação decisiva no processo de tratamento.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Atuação do psicólogo no tratamento




O tratamento psicológico pode auxiliar e/ou complementar o tratamento psiquiátrico/medicamentoso e/ou funcionar como suporte motivacional e auxiliar na manutenção da abstinência. O psicólogo pode seguir diferentes linhas e independente da linha que siga irá sempre procurar trabalhar o lado emocional ligado ao problema sem receitar medicamentos. Muitas linhas psicológicas consideram a família do paciente um componente importante do tratamento e por isso o seu envolvimento é bastante freqüente.Existem diversos tipos de tratamentos psicológicos, em grupo ou individuais, que atendem às diferentes necessidades/características das pessoas. A linha mais utilizada atualmente é a chamada cognitiva. Pode-se usar também a linha comportamental, com treinamento de habilidades, entre outras. A psicanálise clássica, não se mostrou eficaz. É importante deixar claro que, se o paciente precisar ser medicado ou passar por uma desintoxicação, deverá procurar um psiquiatra.